São Paulo, uma das maiores capitais da América Latina e do mundo, deveria estar sintonizada nos principais debates em voga hoje no planeta: alimentação plena, justiça climática, mobilidade urbana conectada e sem emissão de carbono, economia criativa, centros de oportunidades e inclusão digital dos serviços. No entanto, o que temos visto é a cidade com o maior orçamento do Brasil ser exemplo do atraso. Na última semana, foi aprovado na Câmara dos Vereadores, em primeiro turno, um PL de autoria do vereador Rubinho Nunes que restringe a doação de comida na capital paulista aos mais necessitados, inclusive multando em R$ 17 mil quem fizesse um dos mais básicos atos de solidariedade do ser humano.
De acordo com o próprio vereador Rubinho, a ideia do projeto de lei era não dar vida fácil às “ONGs do centro de SP e militantes do [Padre] Júlio Lancellotti”, basicamente serviços que ofertam alimentos de forma gratuita para pessoas em situação de fome e vulnerabilidade, a grande maioria em situação de rua. O parlamentar, que se descreve como cristão nas redes sociais, decidiu – e teve apoio da maioria na Casa em que legisla – que um dos problemas da cidade era justamente a caridade, um fundamento do cristianismo.
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