Foto time da Débora com Lula, Boulos, Marta e Ediane
A vereadora do Boulos - Débora Lima

Chegou a hora das mães de quebrada serem protagonistas do debate sobre a cidade que queremos! Vamos juntas ocupar mais esse espaço!

Fé nas mães, Fé na quebrada

A maioria dos lares brasileiros são comandados por mulheres. Muitas são mães solos que, enquanto se dedicam ao cuidado das famílias também atuam no mercado formal e informal de trabalho, contribuindo de forma decisiva com a construção da riqueza do país.  Nesse desdobrar de energia entre o trabalho doméstico, o de cuidado e a ocupação profissional, as mulheres acabam sobrecarregadas física e mentalmente.  Quem cuida das mães e das mulheres que cuidam de todos? 

A experiência nos mostra que são as mulheres que cuidam de outras mulheres. Quando precisamos sair para o trabalho, é uma mulher que fica com nossos filhos, seja ela remunerada,  seja ela uma amiga, uma parente. Se uma mulher sofre violência, são as mulheres que se organizam para reivindicar justiça. Somos a nossa rede apoio, o que também nos sobrecarrega. “Cuidar” precisa ser o verbo coletivo de toda sociedade.

Eu aprendi, nas ocupações do MTST (Movimento dos Trabalhadores e Trabalhadoras Sem Teto), a importância que as milhares de mulheres e mães desempenham na luta coletiva. A moradia é o primeiro passo na emancipação de uma mulher de periferia. Por isso as mulheres são maioria em nossa luta: somos mães, avós, filhas que buscam uma vida digna e segura. Outro ensinamento que tive nas ocupações: ” precisamos de uma aldeia inteira para cuidar de uma criança e é possível essa aldeia existir.” Na luta experimentei outras formas de maternidade. Uma maneira coletiva, incluindo todas as pessoas no cuidado e criando vínculos de solidariedade. Essa forma humana de fazer política precisa ser valorizada como um contraponto valioso à política da intolerância e do ódio. Essa força solidária, de escuta e  construção popular é indispensável para desenvolvermos de forma justa nossa cidade.
 
Na história da nossa cidade os movimentos populares de mulheres foram decisivos para derrubar a ditadura. Na década de 80, as mobilizações das mulheres conquistaram grandes avanços sociais nas periferias, como creches, moradia e saúde pública. Dessa luta resultou a eleição da primeira mulher prefeita de São Paulo: Luiza Erundina. Imigrante nordestina, assistente social e grande defensora dos direitos das populações periféricas. Não é por acaso que o MTST é formado e liderado majoritariamente por mulheres: somos mães, avós, diaristas, cozinheiras, educadoras. A moradia e o direito à cidade são pilares fundamentais para a emancipação feminina e, organizadas no movimento, lutamos pela prioridade no atendimento de mulheres, mães solos e vítimas de violência em programas habitacionais e pelo atendimento digno de nossas famílias na saúde e na educação.  (Resumo)

Atualmente na Câmara Municipal de São Paulo de 55 cadeiras, apenas 13 são ocupadas por vereadoras. O PSOL é o único partido que tem uma bancada com maioria feminina. Precisamos manter e ampliar essa conquista.

A capital é governada há quase 8 anos por uma coalizão de direita, esmagadoramente formada por homens, que sucateou os serviços de saúde e de atendimento às mulheres, não investiu o mínimo constitucional em educação e não protegeu a segurança das mulheres. O Estado de São Paulo registrou números recordes de feminicídios em 2023.

É urgente que a cidade se torne acolhedora e segura para as mulheres. 
Precisamos fortalecer e garantir uma rede de prevenção e proteção em que o poder público ofereça apoio integral às mães, jovens, estudantes e trabalhadoras, como uma ferramenta de diminuição da desigualdade.  

Recente pesquisa feita pela Rede Nossa São Paulo revelou que as mulheres paulistanas não se sentem seguras no transporte público com medo de assédio. Não é por acaso: 44% declararam já terem sido vítimas de assédio no transporte da cidade. 

A pandemia de covid-19 deixou um rastro de problemas sociais que atingiu com mais força as mulheres, sobretudo as mulheres negras: perda de renda, de emprego, aumento da violência, da fome e sobrecarga do trabalho doméstico e do cuidado com a família. Tudo isso aprofundou a desigualdade de gênero no país. Regredimos em conquistas importantes, o que torna essa agenda ainda mais central nas políticas públicas.

Não fossem os movimentos sociais que organizaram cozinhas solidárias, lutaram para a viabilização do auxílio emergencial, que garantiram na justiça o fim dos despejos durante a pandemia e combateram as aventuras autoritárias de extrema direita bolsonarista, teríamos uma situação ainda pior.

Apesar de sermos mais da metade da população e termos um papel central na manutenção da vida, temos uma longa caminhada para diminuir as desigualdades de gênero, já que: 

  • Mulheres são responsáveis por 51% dos lares no Brasil, mas lideram as taxas de desemprego e desalento. Também ganham cerca de 20% menos que os homens;
  • Em 2022, 31,5% de mulheres brancas gastaram tempo com o cuidado de alguma pessoa. O número chega em 36% quando são mulheres pretas e 38% em relação às pardas. O percentual entre os homens sempre está abaixo da metade;
  • Na cidade de São Paulo, a maioria das tarefas domésticas ainda são de responsabilidade feminina, principalmente limpeza, cuidados e preparo de refeições;
  •  Mulheres negras ganham menos da metade que homens brancos no Brasil;
  •  Na última eleição nacional, apenas 17,7% das cadeiras da Câmara de Deputados e Deputadas foram ocupadas por mulheres; 
  • Em março de 2024, as mulheres estavam em apenas 27% dos postos de comando nas secretarias municipais da prefeitura de São Paulo.

Para mudar essa realidade apresento a pré-candidatura de vereadora na cidade de São Paulo pelo PSOL.

Guilherme Boulos e Marta Suplicy já se comprometeram em garantir a paridade de gênero na prefeitura. Eu me orgulho muito de estar em um projeto que colocará as mulheres periféricas no centro das políticas da cidade, valorizando os serviços públicos, ampliando a rede de proteção social e criando es

Sou Débora Lima, tenho 37 anos, sou coordenadora nacional do MTST e presidenta do PSOL no Estado de São Paulo. Sou uma mulher nascida e criada nas periferias de São Paulo, mãe-solo de quatro filhos, mãe atípica e sei o que é ter de escolher entre comprar o leite das crianças e pagar o aluguel; conheço a fome e o medo de que ela retorne para o nosso lar; vivencio o racismo da sociedade e a forma perversa com que a vida de uma pessoa preta é marcada por ele desde a infância. Mas também conheço a potência da periferia: a determinação das famílias em darem o melhor para os filhos; a produção cultural da quebrada; a solidariedade entre mulheres que olham pelos seus e pelos filhos das demais. 

Isso tudo me moveu para não parar em meio às dificuldades. Trabalhando como cozinheira, me formei em Matemática e me tornei educadora popular. Hoje sou liderança do maior movimento de luta urbana da América Latina e fundei a primeira Cozinha Solidária de São Paulo, hoje uma política pública. Também caminho junto com a deputada estadual Ediane Maria, primeira empregada doméstica a ocupar o cargo na Assembleia legislativa. Como mulheres forjadas no movimento social, nós entendemos que o trabalho de cuidados, remunerado ou não, é a base de toda a sociedade, por isso, nosso projeto político passa pela construção de uma sociedade em que cuidar seja responsabilidade compartilhada da família, do Estado, da comunidade e da iniciativa privada. 

Por isso, vamos lutar pelos direitos reprodutivos das mulheres e pessoas que gestam, pela saúde das famílias, por uma educação antirracista, pelo combate à fome e pelo direito a uma cidade solidária e inclusiva. Quando São Paulo for acolhedora e segura para as mães da periferia, será uma cidade boa para todas as pessoas!

Nós, mães e mulheres que já cuidamos dessa cidade estamos mais que preparadas para também assumir o poder e transformar a política. Essa é a nossa luta e juntas venceremos!

O que defendemos / Pelo que lutamos
  • Moradia digna e direito à cidade
  • Combate à fome
  • Política em defesa da saúde e dos direitos das mulheres
  • Cidade inclusiva para pessoas com deficiência (PCDs)
  • Educação antirracista e políticas em defesa da primeira infância
Saiba Mais Sobre Débora Lima
  • Débora Lima é mãe solo, periférica, Coordenadora do MTST, presidenta do PSOL e uma das fundadoras das Cozinhas Solidárias.

     

  • Entrou para o Movimento de Trabalhadores Sem Teto (MTST) há 12 anos, com o objetivo de conquistar moradia digna para seus filhos.
  • Na luta por moradia conheceu Guilherme Boulos, de quem se tornou amiga, e juntos lutaram pelo Programa Minha Casa Minha Vida e pelo projeto das Cozinhas Solidárias, que hoje são políticas públicas.
  • Também no MTST, Débora conheceu Ediane Maria, com quem caminha lado a lado no enfrentamento pelos interesses do povo. Ambas são pretas, mães e vivem na periferia de São Paulo, enfrentando a falta de políticas públicas.
  • A história de Débora é a mesma de tantas outras mães da periferia, que enfrentam o medo da fome, da falta de moradia e da ausência de políticas públicas para seus filhos. Só a luta muda a vida!
Lista de Assinaturas
  • Leroy
  • Felipe Penteado
  • Jamyle Roberta Guedes
  • Samara Felippo Santana
  • Beatriz Nowicki
  • Wendell Cristiano
  • Beatriz Quartim de Moraes Ribas
  • Thaise Bispo
  • Carmen margarida dos Santos Nascimento
  • Janaina Gloria Cabral da Silva
  • Mariana Le Mener
  • Luiza Beltrão Castro
  • Gabriel Gonçalves
  • ANA MARIA GOMES MARTINS
  • Helena Serizawa
  • Larissa Zylbersztajn
  • Xico Sá
  • JULIANA ANDRADE BRUNO FAVACHO
  • Vera Iaconelli
  • Guilherme Boulos
  • Ediane Maria
  • Felipe Vono
  • Cristiane Nowicki
  • Fabio Soares Pimenta
  • Lais Boni Valieris
  • Guilherme Simões
  • Samara Felippo Santana
  • Felipe Penteado
  • Gilvânia Reis Gonçalves
  • Joelma Costa Valério
  • BRUNA CASSIA KISS
  • Otto Henrique dos Santos Coutinho Favacho
  • Gabriel Henrique Proiete de Souza
  • Célia Regina Proiete de Souza
  • Beatriz Morine
  • Caroline Giavera
  • Deomilda Zocatelli
  • Ian Fraga Muntoreanu
  • Edson Luiz Bazilio dos Santos
  • Filipe Moraes
  • ALINE A A Souza
  • Cecília Azevedo
  • Alexandre Bispo Gonçalves da Cruz
  • Debora Pereira de Lima
  • Nathalia de Campos
  • Laura Zingari Motta Martins
  • Iara Menezes Baptista
  • PEDRO ALEXANDRINO GOMES SAFT
  • Mainara Bendini
  • Marcelo de Carvalho Ortolani
  • Maria Helena Mendes de Almeida
  • ADRIANA MIKA NAKAMURA
  • Mariana Coelho Prado
  • Priscila
  • Jailma Pereira Soares Ferreira
  • Cíntia Sanchez
  • Tais Bushatsky Mathias
  • Cesar Conrado
  • Rejane Nunes
  • Isabela Albuquerque Lemos
  • Janaina Gloria Cabral da Silva
  • Renan Antonio
  • Alweyd
  • Giovanna
  • Daniel Morais Angelim
  • Fernanda Devecchi Prado
  • Catharina da Silva Vieira
  • Luzia Hilda da Silva
  • MARIA LUIZA PINHEIRO ZAPPAROLI
  • Caroline
  • Adriano Rodrigues de Souza Silva
  • Rafael Kenzo
  • Ana Paula Collet Camargo
  • Gerusa Ferreira
  • Bruno Martinelli
  • Hugo Shimura
  • Bruna Letícia Landim Morais
  • Bento Carolina Ramos
  • Vitória Dellevedove
  • Luiz Fernando Rodrigues Novais
  • Renata Ueda
  • Otto Favacho
  • João Felipe Corrêa Porto
  • Flávia Martucelli
  • Mayara
  • Carolina de Souza Andrade
  • Daniel Morais Angelim
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  • Ana Luiza Reghelin
  • Gabriel
  • Ricardo Inayá Martins de Oliveira
  • Guaraçay Inayá
  • Ruan Almeida de Oliveira
  • Maria Claudia Ferreira
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  • Ana Kátia de Negreiros Marinho
  • Alcione Geralda de Alencar Rocha
  • Caio Ramos
  • Carolina Zandavalli Steinacker
  • Clarice Sousa Bastos
  • BRUNO MELO SILVA
  • Luca Leal Furlani
  • Maria Eduarda
  • Lais Rosatti Al Noufal
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  • Ágatha Moura Mesquita
  • Gabriela Leal
  • Luana Pontes
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  • Leticia Bassit
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  • Francisco
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  • Thiago
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  • Luiz Fernando Rodrigues Novais
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